Objetivos da Unidade: Identificar através de diagnóstico, a percepção dos alunos acerca das práticas corporais que caracterizam a Educação Física e suas experiências com a mesma no ensino fundamental; realizar uma breve contextualização histórica dos processos constitutivos da Educação Física; apresentar a ementa da disciplina, os conceitos referentes a cultura corporal de movimento, os diferentes “tipos” de saberes, as dimensões sociais do esporte e a organização detalhada da proposta para o ano letivo e breve abordagem acerca do desenvolvimento da mesma nos segundos e terceiros anos.
Duração aproximada de aulas: 12 aulas (6 encontros de 2 períodos).
Identificar o que os(as) alunos(as) “sabem” sobre a Educação Física é um dos primeiros passos que nos move nessa Unidade Didática, uma vez que permite uma leitura a partir da realidade dos mesmos sob seus olhares. Identificamos nesse diagnóstico que os(as) alunos(as) (em sua grande maioria) tiveram vivências de esportes de duas ou três modalidades esportivas, nos limites de uma compreensão prévia de algumas regras.
Para ampliar esse imaginário dos(as) alunos(as) acerca das possibilidades da Educação Física, apresentamos como esta vem se redesenhando ao longo de sua constituição, passando de um espaço de atividades (“exercitar-se para”) para um campo de tematização capaz de tratar pedagogicamente os temas relacionados a cultura corporal de movimento, produzindo um saber acerca desses temas.
Pensando nisso, apesentamos as diferentes dimensões do conhecimento e tipos de saberes que farão parte do processo formativo dos(as) alunos(as) durante o ensino médio, que passam pelos “saberes corporais” (“para conhecer” e “para saber praticar”) e pelos “saberes conceituais (conhecimento técnico e conhecimento crítico). Apesar de um comportamento inicial de oposição com as formas de tratar o conhecimento na Educação Física, os(as) estudantes logo compreendem a importância da complementariedade desses diferentes saberes.
A proposta curricular desenvolvida junto aos primeiros anos foi elaborada a partir dos temas estruturantes (e subtemas), materializados nas seguintes unidades didáticas: Unidade de Ginástica I (Exercícios Físicos); Unidade de Esportes I (esportes de invasão, campo e taco e técnico-combinatórios); Unidade de Jogos (jogos populares; projeto carrinho de rolimã); Unidade de Práticas Corporais de Aventura (corrida de orientação e slackline). É importante destacar que a abordagem dos esportes está estreitamente vinculada as dimensões sociais do esporte propostas por Tubino (2001), a saber, esporte-educação ou escolar, esporte-participação ou de lazer e esporte-performance ou de alto rendimento, diferenciando e demarcando seus distintos espaços de intervenção e a intencionalidade pedagógica no espaço escolar.
Avaliação/instrumentos/critérios: ao final das 6 (seis) primeiras aulas os(as) estudantes elaboram um texto informativo dos conceitos abordados em aula e suas impressões e expectativas sobre as mesmas. Apresentação de Seminário de Classificações dos esportes (6 aulas).
Obs.: o trabalho de seminário de classificação dos esportes é encaminhado ao final das 6 (seis) primeiras aulas e apresentado após o desenvolvimento da Unidade Didática de Ginástica I (exercícios físicos), para que os(as) alunos(as) possam realizar a pesquisa e organizar a apresentação que acontece durante 6 (seis) aulas.
O trabalho de seminário consiste na elaboração e apresentação de estudo/pesquisa dentro da lógica de uma classificação do esporte (esportes de invasão, quadra dividida, campo e taco, combate, marca, precisão e técnico-combinatórios) sorteada entre os 7 (sete) grupos formados em aula, que deverá versar sobre um breve histórico, formas de pontuar, principais regras, curiosidades de uma modalidade pouco conhecida pelo grupo, observando os critérios de cooperação e oposição e comparação de desempenhos. Critérios de avaliação do seminário: apresentação coletiva; apresentação individual e análise do documento produzido pelos(as) alunos(as).
Professores: Luciano de Almeida e Fabrício Döring Martins
Contatos: luciano.almeida@iffarroupilha.edu.br ; fabicio.martins@iffarroupilha.edu.br
Objetivos da Unidade: Compreender às ginásticas em suas diversas possibilidades de vivência. Compreender o sentido e significado social que se tem atribuído às ginásticas ao longo das últimas décadas. Debater e analisar os aspectos técnicos, históricos e sociais das ginásticas. Debater as relações entre ginásticas, mídia e culto ao corpo. Refletir, vivenciar e analisar os diferentes tipos de ginástica: artística, rítmica, acrobática, aeróbica, laboral, geral e de academia. Construir, a partir das vivências em aulas, um festival de ginástica geral para a comunidade escolar do IFMG.
Duração aproximada de aulas: 26 aulas (13 encontros de 2 períodos).
– Introdução aos estudos sobre as diferentes ginásticas (Relações Históricas, sociais e culturais) – 02 aulas.
Neste encontro os estudantes são introduzidos no contexto do conteúdo. As aulas ocorrem de forma teorizada, geralmente através da exposição de painéis temáticos sobre os diferentes movimentos ginásticos existentes na cultura ocidental e na sequência realiza-se um debate aberto. É apresentada a proposta de culminância das aprendizagens do conteúdo através da montagem e execução do Festival de Ginástica Geral que deverá ser apresentado para toda comunidade escolar ao fim do trimestre.
– Compreendendo as diferentes ginásticas (Iniciação aos conceitos e práticas sobre Ginástica Artística, Ginástica Aeróbica, Ginástica Acrobática, Ginástica de academia, Ginástica Rítmica e Ginastica Geral) – 02 aulas.
Este encontro é teórico-prático. São apresentados os elementos essenciais de cada ginástica (apontando as similaridades e especificidades de cada uma delas). Para isto, são utilizados vídeos e apresentados diversos materiais/equipamentos ginásticos, além disso, ocorrem vivências e experimentações dos elementos corporais básicos das ginásticas esportivas e de demonstração. Além disso, com as equipes do festival já definidas pelos estudantes são sorteadas as comissões de organização do evento e orientado como deverão cumprir as tarefas ao longo do trimestre. Para a coreografia que apresentarão no Festival de Ginástica Geral é entregue um roteiro como elementos que deverão compor a rotina.
– Teoria e prática sobre Ginástica Artística – 06 aulas
Estas aulas são teórico-práticas. São debatidos e vivenciados os aparelhos (especificamente femininos, especificamente masculinos e os que são comuns), são debatidos e vivenciados os elementos básicos corporais de cada aparelho (ênfase no solo) e são debatidas e reflexionadas as relações entre mídia, corpo e ginástica artística. Auxílio na montagem da coreografia para o Festival de Ginástica Geral.
– Teoria e prática sobre Ginástica Acrobática – 06 aulas
Estas aulas são teórico-práticas. São apresentados os conceitos fundamentais da ginástica acrobática e breve histórico que contextualize sua esportivização. São debatidos e vivenciados os elementos corporais elementares (pegas, pirâmides, montes e desmontes). São possibilitadas as relações criativas dos estudantes ao experimentarem os elementos da GACRO na expectativa por criarem movimentos em duplas, trios, quartetos, ou até mesmo com todos os estudantes da turma. São debatidas e reflexionadas as relações entre mídia, corpo e ginástica acrobática. Auxílio na montagem da coreografia para o Festival de Ginástica Geral.
– Teoria e Prática sobre Ginástica Rítmica – 06 aulas
Estas aulas são teórico-práticas. São apresentados e debatidos os aparelhos da GR (Bola, Arco, Fita, Maças e Corda). São debatidos e vivenciados os elementos básicos corporais para cada aparelho, como possibilidade para (re) criação dos mesmos. São debatidas e vivenciadas as principais regras esportivas para a rotina individual e para a rotina em grupo. São debatidas e reflexionadas as relações entre mídia, corpo e ginástica rítmica. Auxílio na montagem da coreografia para o Festival de Ginástica Geral.
– Teoria e Prática sobre Ginástica de academia – 02 aulas
Estas aulas são teórico-práticas. São apresentadas, vivenciadas e debatidas as principais modalidades de ginástica de academia da “moda” (step, localizada, body pump, jump, zumba fitness, entre outros). Geralmente é realizado um painel de debates sobre as experiencias dos estudantes com tais modalidades ginásticas e solicitado apresentação de trabalhos em grupos realizando reflexões sobre as relações de tais ginásticas, com saúde, condicionamento físico, cuidados com o corpo, culto a beleza, entre outros pontos transversais de análise social da Educação Física neste contexto.
– Teoria e prática sobre Ginástica Geral – 02 aulas
Estas aulas são essenciais para otimização do Festival de Ginástica Geral. Os alunos realizam a entrega dos relatórios, trabalhos e atividades sobre ginástica geral e participam do ensaio geral para o evento.
Procedimentos avaliativos: A avaliação de aprendizagem será processual, diagnóstica, não pontual e inclusiva, levando em conta as atividades coletivas e o desempenho individual no processo de construção do conhecimento. Os instrumentos utilizados serão tantos quanto necessários, tais como: avaliações teóricas, trabalhos em grupos, debates mediados, participação em aulas, projetos interdisciplinares, entre outros que poderão ser sugeridos pelos estudantes.
Professor: Rodrigo de Oliveira Gomes
Contato: rodrigo.gomes@ifmg.edu.br
Objetivos da Unidade: – conhecer os jogos populares e tradicionais da região norte do Rio Grande do Sul; – (re)construir jogos motores vinculados a CCM; compreender a constituição dos jogos e as influências das constituições culturais; – experimentar diversos jogos do mundo.
Duração aproximada: 08 aulas (4 encontros de 2 períodos).
A Unidade Didática é desenvolvida com o objetivo de ofertar a aproximação dos diversos jogos populares e tradicionais das diversas microrregiões da origem dos alunos, para além disso, busca-se ofertar o conhecimento da importância social das práticas dos jogos motores. O primeiro movimento da Unidade Didática é desenvolver os conceitos de jogos populares e tradicionais – aqui foram utilizadas as lições do Rio Grande como referencial. Assim, na sequência da UD, é proposto o desenvolvimento de uma entrevista com três pessoas diferentes, com faixas etárias diferentes (uma pessoa até 25 anos; uma pessoa até 50 anos; uma pessoa acima de 50 anos). A experiência ao desenvolver essa entrevista com essas idades, mostra para os alunos, que com o passar do tempo, os jogos populares vão sendo modificados, enquanto os tradicionais se mantem, e é interessante os resultados que aparecem. Sugiro que o professor, no retorno da entrevista, faça com muita atenção um debate com a apresentação de todos, anotando no quadro as respostas, pois assim haverá uma enorme fotografia da realidade regional relacionadas aos jogos populares e tradicionais. As perguntas guias da entrevista são as seguintes: O que jogavam? Com quem jogavam? Onde jogavam? Como jogavam? Com quem aprenderam a jogar? Em que época essas pessoas jogavam? Com que idade?
Para a primeira aula é interessante a apresentação de dois ou três jogos populares para os alunos jogarem com a turma toda, enquanto que na segunda, sugiro que os jogos da parte final da aula sejam escolhidos pelos alunos baseado nos jogos que aparecerem nas entrevistas e que mais chamaram a atenção dos alunos. Pode ser utilizado um ou dois alunos como auxiliares na explicação dos jogos. Na terceira aula é proposto a montagem e desenvolvimento de um jogo popular ou tradicional pelos alunos, essa tarefa deverá ser organizada em período extra classe e apresentada na próxima aula. Para essa terceira aula costumo desenvolver jogos do mundo para mostrar outras realidades culturais (sugestão de jogos: Kabaddi; Rouba Bandeira; Skelly – entre outros que podem ser pesquisados em sites, livros, artigos, referenciais e afins). A quarta aula é separada para a apresentação dos jogos e a experimentação por todos os alunos. Os critérios de avaliação estão vinculados ao desenvolvimento das entrevistas e do trabalho, bem como os conteúdos conceituais acabam fazendo parte das provas teóricas do semestre.
As imagens representam alguns dos momentos das aulas.
Professor: Affonso Manoel Righi Lang. Contato: affonso.lang@sertao.ifrs.edu.br
Objetivos da Unidade: – Proporcionar aos estudantes experiências de aprendizagem da dança, quanto aos aspectos da lógica externa como da lógica interna; conhecer os diferentes estilos e manifestações de dança; experimentar e apresentar em forma de coreografia um estilo no qual os estudantes se identificam; discutir sobre os elementos histórico-culturais que fazem parte das danças, como indumentária, beleza, estética; Analisar criticamente as letras discriminatórias das danças.
Duração aproximada: 08 aulas (4 encontros de 2 períodos).
Na unidade didática a intenção é de que os estudantes se aproximem desse elemento da cultura corporal a partir da experimentação de diferentes estilos de danças e, também, da análise sobre os elementos histórico-culturais que a interferem nas danças. A unidade didática se desenvolveu da seguinte forma: no primeiro encontro, é realizado uma contextualização e caracterização do que são as danças, apresentando os seguintes elementos de sua lógica externa: formas de manifestação (artística, exercício físico, lazer e profissão), apresentação de diferentes estilos de danças (folclóricas/éticas, clássicas, circulares, de rua, de salão, eletrônicas e criativas). Após isso, é apresentado vídeos com danças das cinco regiões do Brasil. Por fim, os estudantes são convidados a dançar em que é dada a oportunidade de eles escolherem para dançar os estilos que mais se identificam. No segundo encontro, é apresentado e discutido sobre os elementos culturais que influenciam nas danças, como a indumentária, a estética, a beleza, a historicidade e as letras das músicas. É realizado um momento de reflexão em grupos sobre as letras de músicas dançantes, em que são colocadas diferentes estilos musicais com letras discriminatórias e o respectivo significado que está explícito. Ao final da aula, é apresentada a proposta de avaliação da unidade didática, qual seja: em grupos ou de forma individual, os estudantes podem elaborar uma coreografia de dança ou a produção em forma de charge, desenho ou de forma escrita de uma análise crítica das letras de músicas dançantes. São apresentados critérios e a forma de avaliação: Para a apresentação da coreografia a avaliação terá peso 10, sendo que cinco pontos são dados pelos estudantes com base nos critérios: envolvimento individual nos ensaios (2,0); análise do grupo na coreografia e figurino (2,0); auto avaliação (1,0) Os outros 5 pontos são dados pelo docente com base no critério de apresentação da coreografia (5,0). A avaliação da produção em forma de charge, desenho ou escrita, os estudantes são avaliados da seguinte forma: envolvimento na produção do trabalho (3,0); análise do grupo quanto ao conteúdo e a forma (2,0); auto avaliação (1,0). Os outros cinco pontos são avaliados pelo docente com base na apresentação da produção escrita. No terceiro e no quarto encontros, os estudantes têm a oportunidade de produzir e apresentar a coreografia e produção crítica. Por fim, as produções dos estudantes foram expostas no rol de entrada do campus em uma exposição com o título: “ Você ouve aquilo que escuta e dança”.
Um pouco dos resultados podem ser observados nas imagens anexadas.
Professor: Juliano Daniel Boscatto
juliano.boscatto@ifsc.edu.br